Você já reparou como algum alimento se torna o vilão das dietas de tempos em tempos? Recentemente, muitas celebridades começaram a propagar a ideia de que cortar o glúten da alimentação ajuda a emagrecer. A partir disso, a dieta sem glúten virou uma febre.
Um novo estudo, publicado na metade de 2017 por pesquisadores das universidades de Harvard e Columbia, nos Estados Unidos, mostra que a restrição ao glúten pode ser prejudicial à saúde para quem não tem doença celíaca ou alergias a essa substância.
E agora? O glúten é bom ou ruim para a saúde? Neste post vamos explicar melhor as novas descobertas sobre essa proteína, presente em alimentos como o trigo, o centeio e a cevada. Continue a leitura para saber mais!
Afinal, cortar o glúten ajuda mesmo a emagrecer?
Especialistas afirmam que algumas pessoas podem ter certa dificuldade de metabolizar o glúten, mas isso não significa que cortá-lo da dieta vai ajudar você a perder peso.
Na realidade, o que acontece é que, ao eliminar o glúten da alimentação, as pessoas deixam de comer alimentos altamente calóricos, como pizzas, massas, lasanhas etc. A redução no consumo de calorias é o que favorece o processo de emagrecimento, e não exatamente a restrição ao glúten.
O glúten faz mal a quem?
O glúten é prejudicial à saúde dos celíacos e de pessoas com alergia ou intolerância a essa substância — e existe sim diferença entre as duas!
A alergia acontece quando a reação do organismo ao alimento provoca um mecanismo imunológico, que pode ser desde uma coceira na pele até o choque anafilático, mais grave. Já a intolerância causa desconfortos na região abdominal, gases e mal-estar.
A doença celíaca, por sua vez, é uma condição provocada pela ingestão de glúten que altera a textura da parede do intestino. Com isso, a absorção de nutrientes é prejudicada, o paciente não ganha peso e tem sintomas como gases, inchaço abdominal e diarreias.
O que esse novo estudo diz sobre a dieta sem glúten?
O estudo elaborado por pesquisadores das Universidades de Harvard e Columbia, nos Estados Unidos, mostrou que quem não tem nenhuma das condições acima, ou seja, não é alérgico, intolerante ou celíaco, pode estar fazendo mal ao próprio corpo ao cortar o glúten.
Isso acontece porque, ao deixar de consumir essa substância, as pessoas também deixam de consumir alimentos importantes para o funcionamento do corpo e do coração, como as farinhas integrais.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram hábitos e condições físicas de mais de 172 mil americanos, homens e mulheres, entre 1986 e 2012. Os participantes foram divididos em cinco grupos, conforme a maior ou menor ingestão de glúten.
Essa informação foi cruzada com a ocorrência de infartos, fatais ou não, em cada grupo. No grupo que menos consumia glúten, houve uma incidência de 352 infartos para cada 100 mil pessoas ao ano, enquanto no grupo que mais ingeria glúten, essa taxa ficou em 277 a cada 100 mil pessoas ao ano.
Isso não significa que, ao deixar de comer glúten, você automaticamente terá um infarto ou uma parada cardíaca. A pesquisa chama a atenção para os cuidados que devemos ter ao cortar alguma substância da nossa alimentação sem nem ao menos questionarmos os motivos.
O fundamental é ter equilíbrio. Antes de se jogar de cabeça em uma dieta sem glúten, consulte um nutricionista para saber quais são as necessidades nutritivas do seu organismo.
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