O Dia Internacional da Hanseníase foi estabelecido em 1954 pelo filantropo francês Raoul Follereau. Essa data visa conscientizar sobre a hanseníase (anteriormente conhecida como lepra) e ensinar as pessoas sobre essa doença antiga e que hoje é facilmente curável.
De acordo com o Ministério da Saúde, 28.657 pessoas receberam o diagnóstico da doença em 2018. Em 2016, foram 25.214 – um crescimento de 14% em dois anos, após 13 anos em queda.
A doença é cercada de mitos e muitas pessoas que vivem com a Hanseníase podem ficar afastadas do trabalho devido à incapacidade causada pela doença ou pelo preconceito que os pacientes ainda enfrentam.
A boa notícia é que a Hanseníase tem cura! A educação e a melhoria do acesso a serviços básicos de saúde são as chaves para a eliminação do estigma e da incapacidade associados à doença.
Existem alguns equívocos comuns sobre a doença que ainda causam confusão e alimentam a discriminação. O mais enraizado deles é sobre a contaminação. Ao contrário do que se pensa, a Hanseníase não é contagiosa. Cerca de 95% dos adultos não conseguem contraí-la porque seu sistema imunológico pode combater a bactéria que causa a doença.
Outro mito muito comum é o de que a hanseníase faz com que os dedos das mãos e pés caiam. O que acontece é que a bactéria que causa a hanseníase ataca os nervos dos dedos das mãos e dos pés, o que acarreta na perda de sensibilidade nesses locais. Por causa disso, queimaduras e cortes nessas partes podem passar despercebidas, o que pode levar a infecções e danos permanentes. Isso acontece em estágios avançados da doença não tratada.
Também é comum ouvir que pessoas com hanseníase precisam morar em casas especiais, isoladas de pessoas saudáveis. Mas a verdade é que as pessoas que estão sendo tratadas com antibióticos podem viver uma vida normal entre familiares e amigos e podem continuar a frequentar o trabalho ou a escola.
Faça a sua parte: no Dia Internacional da Hanseníase, eduque-se sobre a doença e compartilhe com amigos e familiares que a hanseníase é uma doença curável.