Setembro Amarelo: precisamos falar sobre suicídio

É Setembro Amarelo e precisamos falar sobre suicídio. Agora. E precisamos continuar conversando.

O suicídio é há muito tempo um sério problema de saúde pública, e de acordo com a OMS, 1 em cada 100 pessoas comete suicídio no mundo. O recente e repentino isolamento, desemprego e mudanças abruptas introduzidas pelo COVID-19 ameaçam aumentar a incidência de pessoas para as quais o suicídio parece a única solução viável. 

Felizmente, existem medidas que podemos tomar hoje para oferecer esperança e estratégias para prevenir o suicídio daqueles que amamos.

Fique mais ciente dos riscos e sinais de alerta

A prevenção do suicídio começa com a observação de nossa própria experiência e comportamento internos, e de entes queridos e pessoas que encontramos informalmente todos os dias. Em seguida, depende de uma conversa dentro de nós mesmos, com pessoas de quem gostamos e nos preocupamos e com pessoas a quem recorremos em busca de orientação e resgate.

O que devemos estar atentos – tanto em nós mesmos quanto nos outros?

Abaixo, segue uma lista de sinais de alerta que podem sugerir risco elevado de suicídio:

  • Humor deprimido
  • Mudanças de humor
  • Raiva intensa
  • Imprudência e/ou impulsividade
  • Abuso de substâncias
  • Problemas médicos significativos ou crônicos, incluindo dor e insônia crônica
  • Aumento da incapacitação em idosos
  • Retirada social, isolamento
  • Vergonha
  • Sentimentos de desapego ou desconexão
  • Sentir-se um fardo
  • Comentários (incluindo “piadas” ou comentários improvisados) sobre morte ou suicídio
  • Mudanças repentinas de comportamento, incluindo mudança repentina de depressão e desespero para sentimento de euforia
  • Perda significativa (morte de um ente querido ou paciente, especialmente por suicídio, perda de emprego, dívidas, aposentadoria, divórcio)

Além disso, existem algumas características pessoais que podem aumentar o índice de suicídio:

  • Veteranos
  • Pessoas com histórias de trauma
  • Aqueles com transtornos por uso de substâncias
  • LGBTQ + pessoas
  • Pessoas idosas
  • Pessoas com problemas graves de saúde mental e acesso a armas de fogo
  • Quem mora sozinho
  • Indivíduos que tentaram suicídio ou têm um membro da família que morreu por suicídio

Se você se encontra em uma situação emocional desafiadora e precisa falar com alguém especializado, pode entrar em contato, gratuitamente, com o CVV (Centro de Valorização à Vida) através do número: 188 –  24hs por dia.

Lembre-se: Você não está sozinho.

Através da VidaClass você também pode cuidar da sua saúde mental. Acesse o nosso site e marque uma consulta presencial ou via teleconsulta com os melhores psiquiatras e psicólogos do Brasil.

Suicídio: é preciso falar abertamente sobre este assunto. No Setembro Amarelo e durante o ano inteiro.

Desde que o movimento Setembro Amarelo foi criado, em 2015, estima-se que milhares de vidas já tenham sido salvas, direta ou indiretamente. Mas, mais do que isso, são famílias inteiras que voltaram a ter um melhor convívio com seus entes próximos por manter um diálogo aberto sobre este tema.

Muitos dizem que o suicídio é uma doença silenciosa. Ela não apresenta sintomas visíveis, não causa incômodos diretos… ela apenas vai se aproximando aos poucos até tomar conta da pessoa a ponto de fazê-la tomar tão trágica decisão.

 

Conscientização, muita conversa e olho vivo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser evitados se fossem feitas mais ações de conscientização e prevenção. Conversas francas podem ajudar a abrir portas fechadas há muito tempo em um relacionamento familiar.

 

Mas o que leva uma pessoa a essa decisão extrema?

Não existe uma causa específica que leve uma pessoa a tirar sua própria vida, mas alguns fatores contribuem como a depressão, o uso de drogas e álcool, doença crônica ou terminal, doença neurológica como Mal de Parkinson, esquizofrenia, psicose, doença psiquiátrica familiar, transtorno bipolar, perdas recentes como o emprego ou de um ente querido, desespero, falta de esperança ou desamparo.

 

Os jovens precisam de mais atenção.

Os jovens são os mais atingidos em decorrência desse estado de sofrimento. No Brasil, o suicídio é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos e ocupa a oitava colocação no ranking em número absoluto de casos. A cada 45 minutos um brasileiro tira sua própria vida e a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo, totalizando mundialmente, 1 milhão por ano. Esse número supera o de mortes por homicídios e guerras juntos.

 

Quais os sinais que mostram essa tendência suicida?

Não existem regras mas, normalmente, uma tristeza excessiva e falta de ânimo para conviver com outras pessoas, sejam familiares ou amigos; alterações de comportamento como uso de roupas diferentes do habitual ou atitudes não usuais; perda de apetite; expressar-se de forma rude ou dramática com frases como “eu queria sumir daqui”, “preferia morrer”, entre outras.

 

Como podemos ajudar?

Esteja sempre aberto a conversar com seus amigos e familiares ao menor sinal de depressão. Em geral, as pessoas deprimidas tendem a se fechar ainda mais e não acham isso um problema. É preciso que as pessoas ao redor fiquem sempre atentas para detalhes nas mudanças de comportamento ou personalidade. Tentativas de suicídio são, muitas vezes, atos impulsivos. Uma forma de ajudar na prevenção é retirar todo o material que possa ser utilizado para se suicidar, como armas, comprimidos ou facas dos locais onde essa pessoa passa mais tempo. Isto evita comportamentos de impulsividade, fazendo com que se tenha mais tempo para pensar numa solução menos agressiva para os problemas.

Se você conhece alguém que está demonstrando alguns dos comportamentos aqui falados, não feche os olhos para essa situação. Ofereça ajuda ou busque a ajuda de um profissional. Um psicólogo pode auxiliar na identificação dos sinais e trabalhar para a reversão dessa situação.

Você sabe que com Vida Class você tem a sua disposição excelentes psicólogos por valores muito acessíveis. Não hesite em marcar uma consulta.

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