Quando vamos à farmácia é comum o atendente perguntar “prefere o genérico?”. Geralmente optamos pelo medicamento barato, aquele que já tomamos alguma vez ou que conhecemos. Mas você sabe a real diferença entre remédio de referência, genérico e similar?
Continue lendo esse post e entenda o diferencial entre os 3 tipos de medicamentos, qual o mais seguro e mais barato!
Os medicamentos de referência
Também chamados de inovadores, geralmente são aqueles com princípios ativos novos, antes desconhecidos. Um exemplo seria a Aspirina.
O fato dos laboratórios farmacêuticos investirem tanto em pesquisas para descoberta de novos remédios é facilmente explicado: se algum composto novo for descoberto, seu desenvolvedor vai possuir exclusividade sobre a fórmula durante um determinado período de tempo.
Antes de sua eficácia ter de ser comprovada e aprovada pela ANVISA, ou Agência Nacional de Vigilância Sanitária, os novos medicamentos têm que se enquadrar em alguns critérios!
- Deve ter sua qualidade, eficácia e segurança verificadas por comprovações laboratoriais e estudos clínicos.
- Necessita de matéria-prima com qualidade controlada.
- Deve ser reconhecido em alguma dessas categorias:
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homeopáticos: são utilizados em doses pequenas que causarão os mesmos sintomas da doença e, assim, estimular o corpo a combatê-la;
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fitoterápicos: obtidos a partir de raízes, sementes, cascas ou folhas de plantas; são os mais naturais dos remédios;
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alopáticos: são os mais conhecidos pela população, aqueles que os médicos receitam; agem diretamente no organismo e provocam algum efeito sobre a doença ou sintoma, e pode ser industrializado ou manipulado.
Se o medicamento for aprovado nesses 3 quesitos, significa que é seguro e pode ser consumido. Então ele é adicionado à lista de medicamentos de referência. Após o tempo de exclusividade do laboratório, são abertos os registros de remédios similares e genéricos.
Os medicamentos genéricos
Genéricos são remédios com o mesmo princípio ativo do de referência, mesma via de administração, concentração e posologia. Em sua embalagem apresentam uma faixa amarela com a letra “G”; não fazem propaganda da marca e seu nome é igual ao princípio ativo do de referência, como ácido acetilsalicílico (aspirina).
Esses apenas podem ser produzidos após a renúncia ou expiração da patente e dos direitos de exclusividade referentes aos remédios “de marca”. Sua comercialização e aprovação também são feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o que torna necessário que passem nos testes de qualidade e comparação com o medicamento de referência.
Esses têm composição química idêntica ao “de marca”, e serão absorvidos da mesma maneira. Mas, em geral, são mais baratos.
Os medicamentos similares
Medicamentos similares também contêm o mesmo princípio ativo dos de referência, contudo podem ser apresentados com prazo de validade, embalagem, rotulagem, tamanho e forma diferentes. Por exemplo, um remédio de referência em comprimido, pode conter um similar em cápsula, ou em forma de xarope. Geralmente os similares se mostram os mais baratos.
Antigamente, eles não tinham a comprovação científica de sua eficácia. Hoje os similares também passam pelos testes de aprovação da ANVISA e são comparados com os referenciais. A única coisa que os separa dos genéricos é a existência de um nome e marca comercial própria. Como exemplo, temos o Melhoral.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária decidiu que os similares irão se igualar aos genéricos, podendo ser substituídos pelos de referência e vice-versa, mesmo que não especificados na receita médica. Lembre-se de que o similar é um medicamento barato, mas devem ser consideradas as vias de administração e absorção. Tente comprar sempre o mais próximo da receita possível.
Esperamos que você tenha entendido a diferença entre os remédios de referência, genéricos e similares, e já consiga escolher seu medicamento barato com mais segurança. Deixe seu comentário e compartilhe suas dúvidas e considerações!